segunda-feira, 17 de maio de 2010

MEDIA DIGITAIS E CONSTRUÇÃO DA IDENTIDADE SOCIAL

Actividade 3: Actividades Sociais e Desenvolvimento da Identidade nos Jovens

Comentário geral da Actividade 3

Esta actividade desenrolou-se correctamente: o tema seleccionado pelo grupo era actual interessante e concreto, originando uma análise rápida e concreta. Relativamente à estrutura do grupo de trabalho, infelizmente o grupo traduziu-se em apenas dois elementos, eliminado a possibilidade de uma sempre bem-vinda, terceira ou quarta opinião. Contudo, este obstáculo foi superado, pois tive o prazer de trabalhar com a colega Anabela, já por mim conhecida do anterior trabalho.
No que diz respeito à temática da actividade, esta revela-nos alguns pontos necessários à compreensão da influência dos media digitais na construção da identidade social dos jovens. Enquanto nativos digitais, os adolescentes não têm forma de se desligarem das tecnologias, pois estas parecem apenas mais uma extensão do seu corpo, surgindo referências à sua existência até nas mais simples e banais descrições.
Os media digitais permitem aos jovens "ler", "escrever" e "reescrever" o mundo, incentivando-os a assumir o papel de agentes activos, capazes de formar as suas próprias experiências, histórias e identidades. Estas tecnologias sociais fomentam nos jovens o desenvolvimento da sua própria identidade, possibilitando no futuro potenciais capacidades de liderança social.
As tecnologias sociais do currículo, o debate de actividades, a investigação, as regras de dinâmica de grupo e os objectivos organizacionais desafiam os jovens a investigar, reflectir e aplicar os seus conhecimentos nas ligações e contactos com o mundo real. Toda este dinamismo permite a produção de media digitais, cujo conteúdo reflecte uma perspectiva informada.
Considero estar iminente, se é que não verifica já, a união global dos jovens, conquistando e afirmando cada vez mais o seu espaço na decisão e discussão da vida pública e social. Estes possuem os meios tecnológicos e os conhecimentos técnicos necessários para abraçar e mobilizar os seus pares na defesa de uma qualquer causa.

Comentários efectuados às várias sínteses:

Síntese grupo 1
Este tema como os anteriores complementam-se, logo resta-me apenas reforçar a importância que as “novas” tecnologias exercem na construção da identidade social dos jovens. Nesta síntese destaco o seguinte parágrafo:

“…Os trabalhos em PowerPoint solicitados pelos professores acerca do quarto das jovens mostram que estas não se conseguiram dissociar das novas tecnologias, publicitando-as no seu trabalho. Finalmente, no último caso, volta a constatar-se a inclusão de outros na construção da identidade dos jovens – construção da identidade colectiva…”

Como era de esperar os adolescentes, enquanto nativos digitais, não têm forma de se desligarem das tecnologias: estas são apenas mais uma extensão do seu corpo, surgindo referências à sua existência até nas mais simples e banais descrições.

Síntese grupo 2
Esta síntese é clara e objectiva, contribuindo para a minha própria construção da definição do tema em causa (Identidade social dos jovens).

“…Na Internet os jovens fazem "pequenos retoques" na sua própria apresentação para melhorem o seu "Eu". A auto-representação é "representada", no mesmo sentido em que representamos papéis nas nossas interacções. Essa representação de papéis enquanto actores, permite-nos obter uma perspectiva do outro e consequentemente considerar o modo como lhe parecemos…”

Esta questão acompanha a história da humanidade, desde sempre quando está em causa a imagem pessoal, neste caso a auto-representação, ninguém gosta de se desvalorizar, pelo contrário, existe a clara tendência para sobrevalorização. Esta situação não é novidade apenas o canal, o meio de comunicação mudou. Este canal, revestido de uma dimensão tecnológica extraordinária, permite uma massificação sem precedente de divulgação do “eu” na sociedade.
Regressando à história, todos nós identificamos referências tanto na literatura como nas artes plásticas, de casos de valorização da identidade. Algo que se verificava com frequência nos casamentos por encomenda na idade média, quando a noiva era apresentada através de uma pintura ao noivo, ostentando sempre uma ar angelical e “belo”.
No caso dos nossos jovens/ alunos, este exercício potencia uma clara oportunidade de desenvolvimento da aprendizagem informal.

Síntese grupo 3
Esta síntese é clara e objectiva, contribuindo para a minha própria construção da definição do tema em causa (Identidade social dos jovens)

“…Os meios de comunicação online criaram um novo recanto para a juventude: a grande novidade da internet foi a possibilidade de os jovens participarem em públicos não regulados dentro de espaços físicos regulados por adultos (casa, escola...). Os pais tentam regular o comportamento dos jovens e estes tentam ocultar-se. Nas redes sociais, os jovens mostram como são, assumem riscos que os ajudarão a avaliar as fronteiras do mundo social, buscam no fundo acesso à sociedade adulta…”

Segundo a autora, os jovens são segregados e desvalorizados na sociedade pelos adultos. Contudo, através das redes sociais, da partilha de interesses e vivências, estes têm ao seu dispor um potencial instrumento de participação na sociedade.
Considero estar iminente, se é que não verifica já, a união global dos jovens, conquistando e afirmando cada vez mais o seu espaço na decisão e discussão da vida pública e social. Estes possuem os meios tecnológicos e os conhecimentos técnicos necessários para abraçar e mobilizar os seus pares na defesa de uma qualquer causa.
Por último, não nos esqueçamos que esta proliferação das redes sociais é relativamente recente tendo em conta um período temporal alargado.

Síntese grupo 4
Esta síntese é clara e objectiva, contribuindo para a minha própria construção da definição do tema em causa (Identidade social dos jovens)
Actualmente todos nós, quer adultos quer jovens, pertencemos e vivemos numa sociedade de consumo, aos olhos deste sistema económico, não somos um simples cidadão muito pelo contrário somos vistos como consumidores, sedentos de informação e tecnologicamente exigentes.
Para os mais distraídos, todos estas valências existentes no telemóvel podem criar alguma admiração. A utilização primária deste ferramenta não se cinge à mera comunicação por voz e mensagem, actualmente estas ferramentas servem para a comunicação de dados (voz, mensagem, vídeo, internet,…)
É interessante registar que algumas das questões levantadas por todos nós sobre a dependência da utilização do telemóvel é uma realidade global, o que assistimos diariamente repercute-se em todas as sociedades.

“…As pesquisas também levantam questões relacionadas com cidadania, riscos e confiança. Os adolescentes dinamarqueses não conseguem imaginar a sua vida sem o telemóvel, necessitam de estar em contacto, estarem contactáveis e informados. Não conseguem fazer a sua rotina quotidiana, sem telemóvel…foi referido que o uso do telemóvel é quase incontrolável, que têm receio de ficar sem este, que receiam ficar desligados da rede social e que sentem alguma incapacidade de controlar o fluxo de informação e comunicação nos tempos livres.”
“…O telemóvel é importante para o estabelecimento da rede social, para o reforço do grupo e da sua identidade e consequentemente para a construção da identidade individual…”

Será que esta ferramenta, tão decisiva para a construção da identidade social do jovem, não o está a tornar dependente de um artifício externo, para que consiga encontrar o seu lugar na sociedade?

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